A SOUSA CUNHAL adoptou como orientação
estratégica fundamental a conversão
para o modo de produção como agricultura biológica da generalidade
das explorações e respectivos produtos vegetais e animais. Assim
actualmente encontram-se em processo de conversão para o modo de produção
biológica a superficíe forrageira e produção agrícola
de todas as explorações à excepção da Amoreira
da Torre, o que constitui a maior área de produção biológica
do país (5035 ha).
Por outro lado, já se encontra concluído o processo de certificação de uma área de olival biológico de 18 ha situada numa das explorações. A SOUSA CUNHAL foi também pioneira na produção de carne
fresca biológica certificada em Portugal, produzindo desde 2002 o primeiro
produto do género: o peru preto. A oferta de carne fresca biológica
deve ser alargada em 2003 ao borrego merino, ao bovino autócne (mertolengo
e barrozão), ao porco preto alentejano e ao cabrito serpentino. Existem vários sistemas de certificação de produtos
como de agricultura biológica. Na União Europeia foi criado, através
do Regulamento CEE 2092/91, de 24 de Junho um sistema específico. Findo este período de conversão - caso a produção tenha respeitado um conjunto de de regras e principíos sumariados no ponto seguinte - os produtos podem ser referenciados com um símbolo de conformidade e circular livremente no interior da União. Todos os operadores que comercializarem produtos obtidos de animais criados
segundo o modo de produção biológico são submetidos
a um regime de controlo regular e harmonizado. Para evitar a poluição das águas pelos compostos azotados, as explorações pecuárias dispõem de uma adequada capacidade de armazenagem e de planos de espalhamento dos efluentes pecuários sólidos e líquidos. É também promovida uma grande diversidade biológica, tendo a escolha das raças em conta a capacidade de adaptação às condições locais. Os organismos geneticamente modificados (OGM) e os produtos dele derivados não são utilizados.
> do cultivo de produtos hortícolas, fertilizantes verdes ou plantas
com um sistema radicular profundo, no âmbito de um programa de rotação
plurianual adequado; A aplicação complementar de adubos orgânicos ou minerais só é efectuada na medida em que não for possível uma nutrição adequada dos vegetais em rotação ou o condicionamento dos solos. A luta contra os parasitas, as doenças e as infestantes centra-se no conjunto de medidas a seguir enunciadas: > escolha de espécies e de variedades apropriadas; A quantidade do efectivo está estreitamente relacionada com as áreas disponíveis, de modo a evitar problemas de erosão e desgaste excessivo da vegetação e a permitir o espalhamento de estrume animal, afim de evitar prejuízos ambientais. No âmbito da produção animal, todos os animais de uma
mesma unidade de produção são criados de acordo com as
regras uniformes Na escolha das raças ou estirpes, tem-se em conta a capacidade de adaptação dos animais às condições locais, a sua vitalidade e a sua resistência às doenças. As raças ou estirpes de animais são além disso, seleccionadas de modo a evitar doenças ou problemas de saúde específicos associados a determinadas raças ou estirpes utilizados na produção intensiva (por exemplo, síndroma do stress dos suínos, síndroma da carne exsudativa (PSE), morte súbita, aborto espontâneo, partos difíceis exigindo cesarianas, etc). Dá- se preferência às raças e estirpes autóctones. A alimentação destina-se a assegurar uma produção de qualidade e não a maximizar a produção, e respeita as exigências nutricionais dos animais nas diferentes fases do seu desenvolvimento. São autorizadas as práticas tradicionais de engorda, desde que sejam reversíveis em qualquer fase do processo de criação. Não é utilizada a alimentação forçada. O animais são alimentados com alimentos produzidos segundo o modo de produção biológico. A prevenção de doenças baseia-se nos seguintes princípios: > Aplicação de práticas de produção
animal adequadas às exigências de cada espécie, fomentando
uma elevada resistência às doenças e prevenção
de infecções; A utilização de medicamentos veterinários no modo de produção biológico obedece aos seguintes princípios: > Os produtos fitoterapêuticos e os oligoelementos são utilizados
de preferência aos medicamentos veterinários alopáticos
de síntese química ou antibióticos, desde que os seus efeitos
terapêuticos sejam eficazes para a espécie animal e para o problema
a que o tratamento se destina; Para além dos princípios acima enumerados, aplicam-se as seguintes regras: > Não são utilizadas substâncias para estimular o crescimento
ou a produção (incluindo antibióticos, coccidiostáticos
e outras substâncias artificiais indutoras de crescimento) e de hormonas
ou substâncias similares para controlar a ovulação (por
exemplo, indução ou sincronização do cio) ou para
outras finalidades. |